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Rede Azul Autismo

  • Foto do escritor: Melissa Martins
    Melissa Martins
  • 16 de jun. de 2020
  • 4 min de leitura

Atualizado: 31 de jul. de 2020

MAIS QUE UM APLICATIVO, UMA QUESTÃO DE DIGNIDADE


Com a chegada do meu Mestrado em Tecnologias Emergentes em Educação, veio a curiosidade tecnológica, alicerçada pela pedagógica, é claro! Algumas dúvidas então, surgiram e, assim nasceu mais este post da “blogueira pedagógica inclusiva”. O que realmente tem sido elaborado pelas tecnologias pensando na inclusão das pessoas com deficiências, transtornos e situações específicas? O que existe, em matéria de tecnologia inclusiva, para o auxílio das pessoas com deficiência?

Em minhas buscas, deparei-me com o aplicativo REDE AZUL AUTISMO. Então, me surgiu a ideia de conversar, primeiro pelo Instagram, com a responsável, a Elaine Marques, formada em Propaganda e Marketing, com pós-graduação em Mídias Sociais, para entender um pouco mais a respeito, pois, até então, pouco conhecia da história pessoal dela e do App. Neste papo, veio o convite para que eu fizesse parte deste trabalho tão relevante, como colaboradora. Não pude resistir, fiquei lisonjeada e comecei a organizar os contatos para colaborar no App (ainda disponível apenas para Android). Só então, pude perceber a importância de ser uma colaboradora, ser uma voluntária responsável pela indicação de um profissional competente para lidar de forma adequada. Uma tremenda e gratificante responsabilidade!

Num segundo momento, surgiu a ideia de conversarmos a respeito de criarmos este post para o BLOG, já que o assunto precisa e merece ser conhecido. Então, mais uma vez, a Elaine se dispôs a contar um pouco mais a respeito da trajetória dela, até chegar ao trabalho com a Rede Azul Autismo. Por isto, prepare-se para ler um pouco a respeito. Tenho certeza de que você vai gostar!

Se quiser saber um pouco mais a respeito do TEA/Autismo, temos e teremos outros posts com este assunto neste Blog.

Rede Azul, uma rede que indica com pontos azuis os ambientes adequados para receber pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista, foi lançado no dia 19 de dezembro de 2019 e o foco estava, na época, centralizado na região metropolitana de Campinas (SP). Mas, é óbvio que a procura por pessoas de outras cidades e estados foi meteórica! O aplicativo conta, atualmente, com indicações de pessoas que estão em 19 estados brasileiros em mais de 78 cidades. No App, podem ser encontrados os mais diversos serviços e estabelecimentos, que estão divididos em 18 categorias, como escolas, médicos, terapias, cursos, capacitações para professores ou responsáveis, agências de turismo (capazes de atender e fazer uma programação que contemplem as necessidades de uma pessoa com autismo) e até despachante (profissional necessário para as famílias que podem receber descontos em alguns produtos como por exemplo, automóveis; isenções de rodízio de carros, como na cidade de São Paulo).

O App colaborativo surgiu da necessidade de Elaine Marques encontrar indicações de especialistas capazes de atender e estimular o desenvolvimento de sua filha, a Alícia, que tem um nível leve do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O intuito foi que as famílias tivessem acesso às informações dos mais diversos especialistas, de forma rápida e eficaz. Mas não pense que foi assim, fácil esta descoberta! Foi um longo caminho! Quem lida com inclusão, conhece bem estes percursos e os percalços que eles tiveram que passar.

Todos, Alícia e a família, passaram anos de suas vidas com o diagnóstico incorreto. A pequena Alícia, na época, fez uso, inclusive, de medicamentos. Pasmem, apenas quando tinha 12 anos de idade, recebeu o diagnóstico correto. Hoje, aos 17 anos, a esperta Alícia, sofre as consequências destas medicações, totalmente desnecessárias.

Quando obteve o real diagnóstico, como toda mãe, Elaine começou a procurar os especialistas e foi atrás de indicações. Mas não havia um espaço próprio para isso, pois não se encontra um bom especialista apenas digitando uma pergunta na ferramenta de busca do celular ou do computador. A família já tinha uma árdua experiência no quesito profissionais não qualificados. Começava, então, mais uma ‘saga familiar’, como saber se aquele ou este profissional realmente era o mais adequado para o caso específico dela?

Na esperança de valorizar as recomendações, alicerçada pelo longo caminho trilhado por todos, foi a razão, justa e necessária, pela qual a Elaine e o Denis desenvolveram este App.

O aplicativo tem tudo para ser o sucesso que já é! Com 1500 usuários o app passou a ter maior visibilidade e um poder de uso muito grande, em todo Brasil. Porém, apesar disto, relativamente, possui poucas indicações de profissionais e estabelecimentos. Como disse a própria Elaine, “se cada família fizesse uma indicação, teríamos, no mínimo 1500.” E ela tem razão! Por isto, além de baixar o app, é importante que o usuário indique um profissional qualificado e depois, faça a avaliação dele. Quem precisa, sabe como estas informações são mais que importantes, são vitais para todo processo de quem tem o autismo. Este é um processo bem simples, mandar uma mensagem para a própria Elaine ou um colaborador, no Instagram, indicando a especialidade do profissional, nome e endereço. Depois, é só verificar se o profissional foi cadastrado e avaliá-lo. É um processo simples, mas de grande valia para qualificação do app.

A relevância da Rede Azul é tão grande que, para entendermos, o temos em mãos que saber que é o único app, no mundo, que reúne as informações a respeito de serviços e estabelecimentos com atendimento às pessoas com TEA.

Faça a sua parte, divulgue, compartilhe e BAIXE JÁ o aplicativo! E ao baixá-lo, não deixe de indicar e avaliar o seu profissional de confiança.


Se tiver alguma dúvida de como avaliar, assista ao vídeo a seguir. Muito esclarecedor!



#PraCegoVer #PraTodosVerem Fotografia de um celular, na palma da mão de uma pessoa, na tela do aparelho telefônico há a imagem da tela inicial do app Rede Azul.



#PraCegoVer#PraTodosVerem Fotografia, ao fundo da Elaine e a filha Alicia, ambas com a camiseta da Rede Azul. Há uma tela azul sobreposta à fotografia com a seguinte frase "A deficiência está nos ambientes e não nas pessoas."


 
 
 

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